Vestígios
Estranha pulsão, esta:
derramar no caderno porções de alma.
A mão, captando sinais invisíveis.
Lenta, no formigueiro em marcha.
Absolutamente só,
enquanto todos perseguem a sagrada hora do trabalho
e dos compromissos bancários.
E depois, palavras escondidas em oculto caderno,
papel rasgado, para que delas não sobrem
vestígios.
Ana Cecília de Souza Bastos*
*poetisa brasileira
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