How many times must a man look up, Before he can see the sky? How many ears must one man have, Before he can hear people cry? The answer, my friend, is blowin' in the wind. The answer is blowin' in the wind.
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terça-feira, fevereiro 12, 2008
Desenho sem autor
Charles Robert Darwin nasceu na Inglaterra há 199 anos, no dia 12 de Fevereiro de 1809.
Não vou aqui falar do seu enorme contributo para a ciência, principalmente nas áreas da biologia e da antropologia, e para o entendimento de como é que chegámos até aqui, pois para tal me faltam os conhecimentos necessários. Existem espaços na rede muito mais adequados e habilitados, entre os quais me permito destacar o Darwin Day Celebration.
Queria tão só manifestar a minha perplexidade pelo facto de, decorridos 150 anos sobre a publicação do livro A Origem das Espécies, ainda haver seres humanos, supostamente dotados de alguma inteligência, que continuam a defender que o universo foi criado algures entre 6.000 e 10.000 anos atrás, com todas as características que mostra hoje em dia.
Por cá, tal idiotia não é muito manifesta, mas nos Estados Unidos, por exemplo, é atroz verificar que bem mais de 50% da população acredita piamente em tais patranhas, desde os criacionistas puros e duros da terra jovem, com o seu museu da criação, onde se afirma que a raça humana conviveu com os dinossauros, e o seu recém lançado jornal “científico” que pretende publicar artigos “académicos” comprovativos da verdade de Génesis, até aos mais sofisticados mas igualmente falaciosos defensores do “desígnio inteligente”.
Para assinalar este dia, recomendo vivamente a leitura de um artigo da autoria de Francisco J Ayala, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade da Califórnia, Irvine, intitulado Darwin's greatest discovery: Design without designer e publicado em 15 de Maio de 2007 no Proceedings da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Para quem não saiba, Francisco J. Ayala é um reputado biólogo e filósofo nascido em Espanha e naturalizado cidadão estado-unidense desde 1971, que foi sacerdote dominicano e presidiu à Comissão da Academia Nacional de Ciências que, há menos de um mês, publicou a obra Ciência, Evolução e Criacionismo.
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