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segunda-feira, novembro 05, 2007

Viagem Vida: vagão de um trem a qualquer hora a soltar-se pelos trilhos. Se fendem as trancas na ferrugem das peças, nenhuma alavanca detém a carga. Sigo. Passageira sem estação de rota. Quando vou, estou indo de volta como se por mim tudo fosse outra vez sem ter sido nunca a primeira. Meu corpo é minha bagagem arma atenta à cicatriz que não fecha e a que se cava em tua ausência materializada na cadeira vazia. Ao meu lado, o passado: sentença do efêmero, algema sem trancas. Sigo como um vagão desgarrado do comboio, querendo ainda obedecer ao freio das alavancas Aíla Sampaio* *poetisa brasileira

2 comentários:

  1. Olá Lino,
    Apenas para pedir desculpa por não vir aqui ultimamente dar-te cumprimentos e já agora fiquei intrigada, vi hoje o teu comentário, nunca li nada de Cardoso Pires existe algo semnelhante?
    :(
    Beijos e fica bem
    Espero que a tua mulher esteja melhor.

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  2. Oi, estrela! Sejas bem aparecida. O computador já funciona? Do Cardoso Pires existe muita coisa boa, mas eu referia-me a um conto chamado "Auto-retrato", que é uma delícia.
    A mulher, em casa, já consegue andar uns metros sem canadianas, obrigado.
    Jocas grandes.

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