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sábado, outubro 06, 2007

Música Nas mãos que harpejam, ferem, desmancham no silêncio noturno o frio teclado - de onde arrancam as notas, o eco - escutei o destino, insistente chamado. Pelas mãos desarmadas de espadas e foices senti sobre a pele o toque encantado daquilo que ecoa em calado sussurro. Ouço as vozes e o que é falado. Mãos me libertam da cegueira eterna da massa, do mundo desacordado. Abraço as sombras de acordes que soam. Quem fala é a música. Insistente é o chamado. Adrianne Fontoura* *poetisa brasileira

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