Do tempo...
Sou do tempo, seu moço,
que os campos e espaços
eram livres.
Podíamos por eles caminhar
sem receio de abordagens:
“por invasão de propriedade”
“suspeição de má intenção”
ou,
“ter que pagar pedágio”.
Do tempo de liberdade
verdadeira,
sem adjetivações.
Do tempo de subir
e descer livremente ladeiras,
falando aos barrancos piçarrentos.
De banhar nos córregos,
pescar piabas,
e do dormir cedo.
Do tempo
que o próprio tempo
consumiu...
Adriles Ulhoa Filho*
*poeta mineiro
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