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quinta-feira, agosto 09, 2007

Pálida e Loira Morreu. Deitada num caixão estreito, pálida e loira, muito loira e fria, o seu lábio tristíssimo sorria como num sonho virginal desfeito. Lírio que murcha ao despontar do dia, foi descansar no derradeiro leito, as mãos de neve erguidas, sobre o peito, pálida e loira, muito loira e fria. Tinha a cor da raínha das baladas e das monjas antigas maceradas no pequenino esquife em que dormia. Levou-a a morte em sua garra adunca, e eu nunca mais pude esquecê-la, nunca! pálida e loira, muito loira e fria. António Feijó* *Poeta limiano

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