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quarta-feira, agosto 08, 2007

Janela do Passado Debruçado na janela do passado, Ao longe, distingui longos caminhos, Repletos de cardos e de espinhos, Em fileiras de um lado e de outro lado! Lembrei-me de mim mesmo, hoje isolado, Nos lugares desertos e mesquinhos, Qual ave a cantar fora dos ninhos, Num gorjeio saudoso e sufocado... Se a criancinha encosta-se ao peito, Que sorrindo ou chorando, a sorte escrava, Não me permite aconchegá-la ao peito!... Espelho sou de luz amortecida; Foge de mim quem outrora me abraçava, É uma vida sem vida, a minha vida!... Adail Coelho Maia* *Poeta brasileiro

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