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sexta-feira, agosto 10, 2007

Ao Rio Lima Meu pátrio Lima, saudoso e brando, Como não sentirá quem Amor sente, Que partes deste vale descontente, Donde também me parte suspirando? Se tu, que livre vás, vás murmurando, Que farei eu, cativo, estando ausente? Onde descansarei de dor presente, Que tu descansarás no mar entrando? Se te não queres consolar comigo, Ou pede ao Céu que nossa dor nos cure, Ou que trespasse em mim tua tristeza: Eu só por ambos chore, eu só murmure, Que d'um fado cruel o curso sigo, Não tu, que segues tua natureza. Diogo Bernardes* *"poeta do Lima"

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