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quinta-feira, julho 19, 2007

Nem tenho paz… Nem tenho paz nem como fazer guerra, espero e temo e a arder gelo me faço, voo acima do céu e jazo em terra, e nada agarro e todo o mundo abraço. Tem-me em prisão quem ma não abre ou cerra, nem por seu me retém nem solta o laço, e não me mata Amor, nem me desferra, nem me quer vivo ou fora de embaraço. Vejo sem olhos, sem ter língua grito, anseio por morrer, peço socorro, amo outrem e a mim tenho um ódio atroz, nutro-me em dor, rio a chorar aflito, despraz-me por igual se vivo ou morro. Neste estado, Senhora, estou por vós. Francesco Petrarca* *Poeta e humanista italiano, falecido a 19 de Julho de 1374 Tradução de Vasco Graça Moura (Rimas, 134 – Círculo de Leitores)

2 comentários:

  1. Quem não se sente aprisionado, a paz que tarda em chegar, a paz de quem a tem para a ter.
    Fica bem,
    Jean

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  2. olá gostei do k li,masse nao te sentes em paz vêm até ao meu blog e vê se te animas um pouco com o contraste k tenho para leres bjo
    carla granja

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