Escuto
Escuto mas não sei
Se o que oiço é silêncio
Ou deus
Escuto sem saber se estou ouvindo
O ressoar das planícies do vazio
Ou a consciência atenta
Que nos confins do universo
Me decifra e fita
Apenas sei que caminho como quem
É olhado amado e conhecido
E por isso em cada gesto ponho
Solenidade e risco
Sophia de Mello Breyner Andresen -
Geografia, 1967
CEM POEMAS DE SOPHIA – Seleção de José Carlos de Vasconcelos – Visão/ JL - 2004
Sophia... sempre!
ResponderEliminar:)
jocas
Pois! Eu vou ir ao Brasil dentro de alguns dias e levo para uma prima, de origem brasileira e octogenária, um livro da Sofia. O único defeito que eu lhe encontro é ter tido um filho que, às vezes, se arma em parvo.
ResponderEliminarjocas