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sexta-feira, março 09, 2007

Voto digital


Fala-se muito, a nível mundial, da votação digital.

Equacionam-se temores vários de que a tecnologia a utilizar possa permitir fraudes. E, entretanto, vai-se gastando papel às toneladas, mantendo eleitores fantasma, permitindo “chapeladas”, impedindo o voto de milhares de cidadãos que estão longe da sua assembleia de voto.

Por cá, houve uma Unidade de Missão a estudar o assunto, mas nada se sabe das conclusões. E, afinal, nós podíamos estar na vanguarda do processo. Com o Cartão Único, que engloba, entre outros, o Bilhete de Identidade e o Cartão de Eleitor, a ideia fantástica deste cartune do António Santos e alguma tecnologia do CSI, o problema estava resolvido. Aparelhos portáteis nos locais de voto (para quem não tiver computador dotado dessa tecnologia) com internete sem fios, capazes de lerem a impressão digital, um clique no monitor para aparecer a lista das opções a votos e um segundo clique (aqui sem leitura da impressão digital, pelo facto de o voto ser secreto) para validar o voto. Tudo isto sem necessidade de cada eleitor se apresentar numa determinada assembleia, sem montanhas de papel e com muito menos pessoas nas assembleias de voto, pois apenas seria necessário alguém para limpar (e tomar conta de) os monitores de forma adequada, de vez em quando. Claro que a partir daí, à mesma impressão digital seria barrada a possibilidade de novo voto. Até poderia colocar-se um aviso sonoro de “tentativa de fraude”, para envergonhar os mais atrevidos. E no instante do fecho das “urnas”, comandado a nível nacional, o imediato apuramento dos resultados. Assim, as televisões poderiam dar bons espectáculos, em lugar daquela pastelada habitual em noite de eleições.

Utópico? Provavelmente; mas se uma impressão digital serve para condenar alguém, porque não servirá para exercer o direito de voto? Afinal, o futuro não é já amanhã?

2 comentários:

  1. Anónimo9/3/07 15:33

    É uma excelente ideia. Não me parece útopico. Mas alguém tem de mostrar um sistema credivél e apresentá-lo ao estado e pode ganhar umas valentes massas. Porque não o faz?
    Abraço!

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  2. Com o desenvolvimento da tecnologia já não é utópico, pode é acarretar vultuosos investimentos e aí a coisa pia mais fino. Tesos como somos... :(
    :)

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