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quinta-feira, março 01, 2007

Vergílio Ferreira

"Da minha língua vê-se o mar"



Estou só - estás só. Não penses. Não fales. És em ti apenas o máximo de ti. Qualquer coisa mais alta do que tu te assumiu e rejeitou como a árvore que se poda para crescer. Que te dá pensares-te o ramo que se suprimiu? A árvore existe e continua para fora da tua acidentalidade suprimida. O que te distingue e oprime é o pensamento que a pedra não tem para se executar como pedra. E as estrelas, e os animais. Funda aí a tua grandeza se quiseres, mas que reconheças e aceites a grandeza que te excede.

em Para Sempre

No 11º aniversário do seu falecimento

3 comentários:

  1. Anónimo1/3/07 10:34

    Já faleceu há 11 anos?
    Como o tempo corre.
    Excelente texto!
    Abraço!

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  2. E o silêncio que se escuta?!

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  3. Anónimo2/3/07 13:03

    Apesar de não ser o género de escrita que gosto, não posso deixar de assumir que foi (e é) um grande escritor!
    O texto, esse é lindissimo

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